Aos 9 anos, escritora mirim lança livro infantil na Fligê

Sozinha em seu quarto, Domenik Suelle, de 9 anos, senta para escrever seus livros. A ideia vem, ela pega os papéis e escreve. A menina começou a escrever aos 8 anos e aproveitou a visita de Ana Sueli, da Prosete, ao Centro Educacional de Novo Horizonte, onde estuda, para entregar todos os seus escritos. “Sou uma escritora, pode levar todos que eu escrevo outros”, disse a Domenik a Sueli.

Sueli levou os textos para Salvador e decidiu ilustrar e publicar Debaixo da minha cama tem um monstro. O livro foi lançado na Feira Literária de Mucugê, em sessão de autógrafos com Domenik Suelli, após uma roda de conversa com outras crianças, no espaço da Fligezinha.

Debaixo da minha cama tem um monstro é uma história narrada em primeira pessoa, sobre um monstro idealizado com três olhos, uma boca, bolinhas pretas e fedorento, que a menina imaginava estar debaixo de sua cama. O livro tem um final surpreendente e interessante, que foi contado antes do bate-papo com a escritora mirim. Que começou sua fala dizendo “estou muito feliz de estar aqui”, na Fligê.

As crianças questionaram a escritora sobre as ideias que a fizeram produzir o livro, ao que ela respondeu ser a partir da imaginação e vivência. Ela salientou a importância da leitura, que é o que Júlia Maruya, de 13 anos, gosta muito de fazer. Ela havia apresentado uma peça na Fligêzinha e ficou para a roda de conversa com Domenik, Júlia disse que se sentiu inspirada pela jovem escritora.

Domenik Suelle estava acompanhada de seus pais, Eliene e Érico, e seu irmão mais novo. O suporte familiar é muito importante, assim como o escolar. A menina conta que costuma escrever e ler muito na escola, mas também fora dela. Ela se sente inspirada por livros como Diário de um banana, pois gosta de ler “livros de capítulo”. A pequena autora deseja continuar escrevendo pelo resto de sua vida e está trabalhando numa história nova, chamada O mistério das gêmeas perdidas, que fala sobre bullying. Domenik deixou para os ouvintes a lição de que “não é legal praticar bullying, já que não é bom sofrer”.

Texto: Victória Lôbo | Fotos: Vinícius Brito


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